João Batista Tonaco Neto é Engenheiro Agrônomo, formado pela Universidade Federal de Viçosa – Campus Rio Paranaíba/MG e sócio da Êxito Consultoria.

Após a vexatória derrota de 7 a 1 pra Alemanha em 2014, a seleção brasileira buscou novos métodos, saiu do pragmático Felipão e buscou Tite, treinador que se consagrou por sempre aprimorar seus meios de treinamento. A CBF percebeu que, o futebol de hoje parte de números, todas as seleções e grandes clubes que se destacam no cenário internacional têm vários analistas de desempenho e estatísticos, que interpretam e buscam onde o time pode melhorar e onde o próximo adversário pode ser mais vulnerável.

Assim como no futebol, as fazendas de leite que têm conseguido êxito no seu trabalho buscam os números. Cada dia é mais comum essas terem funcionários que ficam por conta de alimentar os sistemas afim de ter números que permitem aos técnicos entender o que está se passando na propriedade.

Além disso, é necessário enxergar a fazenda como um Clube, a divisão de animais em categorias por idade, como é feito nos times de futebol é outro ponto que se assemelha entre a pecuária e o esporte. Ter animais divididos intensifica e estimula o seu crescimento, além do que, bezerras bem tratadas quando jovens provavelmente se tornarão animais mais produtivos e saudáveis na fase adulta. Ou seja, é como se o produtor estivesse lapidando as novas joias das suas categorias de base.

Portanto é necessário haver a mudança na pecuária leiteira nacional, as anotações zootécnicas devem ser analisadas cautelosamente para que se houver erros, esses sejam corrigidos com foco e sem perder tempo.

Assim como no futebol, a produção de leite hoje parte do jogo ou produção coletiva, demonstrada no jogo dos últimos campeões mundiais de futebol e nas fazendas de sucesso. Focar no Rebanho como um todo e não só naquela vaca, a craque do time. O coletivo apresenta mais resultado e proporciona que sua vaca craque se destaque com mais tranquilidade sem pressão para produzir.