João Batista Tonaco Neto é Engenheiro Agrônomo, formado pela Universidade Federal de Viçosa – Campus Rio Paranaíba/MG e sócio da Êxito Consultoria.
Começo esse texto lembrando de uma história que meu avô “Joãozinho” me contava quando criança, "a do Jeca Tatu", a história se resumia num jeca da roça que não tinha nada, não tinha força para trabalhar, reclamava de tudo e de todos, tomou biotônico Fontoura, ficou forte, passou a trabalhar e virou um grande fazendeiro.
Hoje em dia são inúmeros os produtores de leite que vivem a síndrome do Jeca Tatu, ou seja, apenas reclamam e não fazem sua parte, trabalham da mesma forma de seus avós, ou seja, não se modernizam. Entretanto, estamos vivendo a era do Agro 4.0, ou melhor, a era da tecnologia e inovação, onde existem aplicativos pra tudo e pra todos.
Desses que sofrem da síndrome, é comum escutar "não compensa tratar de vaca com leite desse preço" ou "vou colocar menos adubo na lavoura esse ano", porém esses não enxergam que isso apenas gera mais prejuízo e entram num ciclo de desculpas e reclamações.
Hoje é tão fácil realizar uma dieta para uma vaca leiteira, todo técnico extensionista tem um software ou planilhas que balanceiam as dietas de forma rápida e eficaz. Talvez um simples ajuste pode fazer toda a diferença na produção, reprodução, manejo e sanidade do rebanho, ou mesmo, o manejo de adubação de uma pastagem ou lavoura, que quanto mais produzem mais diluem o custo de produção.
Assim como o Jeca Tatu, temos que procurar uma força para poder trabalhar, hoje em dia muito mais com a cabeça e a tecnologia a nosso favor, e o biotônico atual parte da assistência técnica que orienta o produtor a melhor forma para se trabalhar. Assim, quem não se adaptar aos novos tempos e passar a ser eficiente e deixar de sofrer da síndrome já citada não sobreviverá e nem deve permanecer na atividade por muito tempo.