Percentual é baixo, mas avança desde 2016 e renova a confiança das centrais de genética.
O mercado de inseminação cresceu 28,1% em volume, em 2020, informa a Asbia (Associação Brasileira de Inseminação Artificial). No total, foram comercializados 23,7 milhões de doses contra 18,5 milhões no ano anterior. Esse total refere-se tanto a doses efetivamente utilizadas, quanto armazenadas e exportadas. Segundo a Asbia, 2,1 milhões de matrizes leiteiras foram inseminadas no ano passado. Esse total equivale a 10,7% do plantel total de 19,6 milhões de fêmeas de leite no país.
O relatório confirma a presença da IA em todo o território nacional, técnica utilizada em 4.286 municípios (77% do total). Especificamente em relação ao leite, a inseminação é feita em 100% dos municípios de Rondônia e no Distrito Federal, em 95% das cidades de Espírito Santo, 92% de Mato Grosso do Sul e 9 em cada 10 municípios de Minas Gerais.
A coleta de sêmen de reprodutores de leite no Brasil somou 2,4 milhões de doses, em 2020, contra 1,7 mi/doses no ano anterior. A importação atingiu 3,7 milhões de doses e a exportação 233,6 mil doses. As centrais de genética venderam 5,25 milhões de doses para os clientes finais contra 4,63 mi/doses em 2019.
“Os resultados marcam definitivamente a inseminação artificial como uma das ferramentas fundamentais para o futuro da pecuária no Brasil e colocam o país num patamar muito importante no cenário mundial”, destaca o presidente da Asbia, Márcio Nery. Ele cita razões para a valorização do melhoramento genético e da IA. “Alto custo-benefício, demandando somente 1 a 2% do custo atual da produção, atuação não somente na ponta do aumento da produção de leite ou carne, mas também na importante redução de custos, quando se trabalha precocidade, fertilidade, resistência a doenças e eficiência alimentar. Além disso, o melhoramento genético impacta muito positivamente na sustentabilidade da atividade, ao promover a melhor eficiência das vacas de leite ou de corte, que vão produzir mais com menos”, afirma.
“Estamos muito preparados para seguir crescendo em 2021, acreditamos que podemos crescer perto de 25%, e isso fará com que o mercado brasileiro atinja cerca de 30 milhões de doses, um marco que será extraordinário”.