O primeiro episódio envolvendo Lula e o agronegócio, se deu em agosto de 2022, quando o então candidato à presidência, em entrevista ao Jornal Nacional soltou a frase emblemática "o agronegócio é fascista e direitista". À época, a fala gerou grande revolta de pessoas ligadas ao agro, fortalecendo ainda mais para a imagem negativa do candidato. Com os acontecimentos de 08/01/2023, o agro foi mais uma vez lembrado, pelo agora Presidente da República.


Lula voltou a comentar sobre o agronegócio, dessa vez durante pronunciamento sobre a publicação do decreto presidencial que instituiu intervenção federal na gestão da segurança pública do Distrito Federal (Decreto 11.377, de 2023). O decreto veio como consequência da invasão e depredação do Congresso, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal (STF). O decreto presidencial justifica a intervenção para "pôr termo a grave comprometimento da ordem pública". Fonte: Agência Senado.

Após a leitura do decreto, Lula teceu comentários sobre o ocorrido “nós achamos que houve falta de segurança e eu queria dizer para vocês que todas essas pessoas que fizeram isso, serão encontradas e serão punidas” e salientou “e nós inclusive vamos descobrir quem são os financiadores desses vândalos que foram Brasília”.

Foto: Agência EBC 

Já ao final do discurso, Lula então cita o agronegócio, “aquele agronegócio que quer utilizar agrotóxico sem nenhum respeito à saúde humana, possivelmente também estava lá e essa gente toda vai ser investigada, vai ser apurada e será punida”.


Carla Mendes, Jornalista do Notícias Agrícolas durante o Bom dia Agro 09/01/2023 - O que há de mais relevante na agricultura e no agronegócio, no YouTube, ficou estarrecida com a com a menção de Lula ao agro, “como é possível ele encontrar um espaço naquele terror, que estava instalado naquele dia completamente histórico de forma negativa, ele conseguiu achar um espaço para encaixar o agronegócio de forma descabida, descontextualizada e dá essa responsabilidade para o setor”, comentou a Jornalista.

Na sequência a Jornalista afirma “os radicais que estavam ali são brasileiros descontentes que acharam uma forma errada de se manifestar”, citando ainda “a própria frente parlamentar da agropecuária trouxe uma nota de repúdio”. Tal nota de repúdio condena os atos, assim como a fala de Lula, a qual atribui responsabilidade ao agronegócio.

Lideranças políticas ligadas ao agronegócio manifestaram opiniões em suas redes sociais contrárias aos acontecimentos em Brasília.