João Batista Tonaco Neto é Engenheiro Agrônomo, formado pela Universidade Federal de Viçosa – Campus Rio Paranaíba/MG e sócio da Êxito Consultoria. A Êxito Consultoria presta serviços de consultoria para produção de silagem, do plantio a colheita através do método Penn State.

Chegou mais um janeiro, e junto com ele um momento crucial na maioria das fazendas leiteiras do Brasil "a ensilagem" das lavouras de milho ou sorgo. Processo este que vai determinar a produção das vacas durante o período da seca.

Independente da forragem escolhida (sorgo ou milho), alguns fatores são de extrema importância no manejo da cultura. O primeiro começa no meio do ano, com a correção do solo, depois em meados de outubro, logo quando se semeia a cultura, a escolha do híbrido apropriado para silagem, uma adubação correta que permita uma elevada produção e assim dilua os custos, além do acompanhamento ao longo do ciclo para a realização das coberturas no momento certo e o monitoramento de pragas e doenças.

Entretanto o momento crucial para a determinação da qualidade da silagem é seu ponto de corte, o ideal é que o grão esteja com 2/3 duro e um teor de matéria seca entre 30 e 35%. Esse ponto de corte do grão de milho é essencial para os valores de amido da silagem.

Outro ponto que requer atenção é a porcentagem de fibra efetiva da forragem após cortada. Esse índice será muito importante quando a silagem for fornecida aos animais. Uma forragem com bons teores de fibra efetiva (ideal acima de 75%) irá proporcionar uma melhor ruminação das vacas ao formar o colchão fibroso no rúmen que estimulará o ato de ruminar e a melhor absorção dos alimentos fornecidos. Veja abaixo as peneiras Penn State, utilizadas para determinação da fibra efetiva.

Sendo assim, o processo de ensilagem requer atenção muito minuciosa que começa antes mesmo do plantio e vai até a colheita. Como mostrado acima uma silagem de qualidade influenciará diretamente na produção de leite durante o período da seca.