Guilherme Resende de Oliveira é Diretor-Financeiro numa Cooperativa de Crédito do Sicoob em Luz/MG e Coordenador do Projeto Balde Cheio em Luz, formado em Técnico Agropecuário no IFMG em Bambuí e graduando em Administração de Empresas pela Fasf Unisa.

No começo parecia “Fake News”, uma notícia sendo veiculada sobre a retirada da taxa de importação sobre o leite vindo da União Europeia e Nova Zelândia, medida essa tomada pelo Ministério da Economia. Tal notícia se espalhou rapidamente sendo noticiada entre os principais meios de comunicação, na qual entendia-se como a mais pura verdade. O setor leiteiro, um dos maiores protagonistas do agronegócio acabava de levar mais um tapa na cara, uma medida que pegou muitos de surpresa. 

Mas a notícia do dia 06/02 sobre o rumor em que europeus e neozelandeses poderiam influenciar negativamente o mercado do leite em pó com uma grande oferta do produto, derrubando os preços do produto, terminou poucos dias depois. O presidente da República, Jair Bolsonaro, arbitrou em favor do Ministério da Agricultura a disputa com o Ministério da Economia envolvendo o fim das tarifas antidumping que incidiam sobre as importações de leite em pó oriundo da União Europeia e Nova Zelândia.

Segundo o Valor Econômico, no fim de semana, Bolsonaro conversou por telefone com a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, sobre o assunto. O presidente, que está internado no Hospital Albert Einsten, teria demonstrado preocupação com o cancelamento do antidumping, segundo uma fonte. De acordo com uma fonte do governo que participa das negociações, a simples volta das tarifas antidumping é improvável. Uma revisão na decisão do Ministério da Economia demandaria estudos. Além disso, a volta atrás também poderia suscitar questionamentos ao Brasil na Organização Mundial do Comércio (OMC). Diante disso, uma fonte do governo diz que o mais provável é que seja articulada a elevação de 28% para até 42% da tarifa de importação de leite.

Ainda vejo que o assunto não está encerrado, falta um posicionamento concreto do governo para uma decisão, em que se levou em consideração a visão de apenas um Ministério e não de um todo, principalmente pelo fato da bancada ruralista ter peso a favor para a votação de reformas primordiais e de interesse do governo.

As informações são do site Milkpoint e Valor Econômico adaptado por Guilherme Resende de Oliveira