João Batista Tonaco Neto é Engenheiro Agrônomo, formado pela Universidade Federal de Viçosa – Campus Rio Paranaíba/MG e sócio da Êxito Consultoria.
O melhoramento genético ocorre indiretamente desde a domesticação dos animais, onde aqueles que produziam bem e eram dóceis, eram selecionados a continuar nos rebanhos. Ao longo da evolução da agropecuária, principalmente a partir do início do século XX, intensificou se os programas e controles de raças específicas como o leite.
Entretanto, no Brasil os programas de melhoramento genético, como teste de progênies e controles leiteiros se iniciaram oficialmente na década de 1980, principalmente na raça Gir. Por esse atraso muitos produtores ainda têm dúvidas de qual raça usar em seu rebanho leiteiro.
O primeiro passo para a escolha do touro, é o produtor fazer uma autocrítica de onde e como gostaria de estar produzindo daqui 4 a 5 anos, quando se terá resposta das filhas dos touros que se usou atualmente.
Com isso, o produtor já passa a ter um norte para se direcionar. O ideal é que o rebanho seja o mais homogêneo possível, não variando muito entre os graus de sangue (caso do girolando) e raças, pois isso facilita todo o manejo da fazenda, desde ordenha, alimentação, como também a parte de reprodução.
É importante salientar que na escolha de touros, que serão utilizados em vacas mestiças é importante frisar características, principalmente as de composto de úbere. Outro aspecto que merece destaque é a facilidade de parto, que deve ser menos que 8% para novilhas e menor que 11% para multíparas.
Assim, com simples conceitos os rebanhos podem ter um salto enorme em ganho genético. O que não se deve aceitar é o uso de raças de corte nas vacas de leite, o que gera uma perda de genética e um problema a longo prazo na reposição do rebanho.